Selection of projects

Catarina Freitas

A selection of projects and collaborations

Selection of projects

Catarina Freitas

A selection of projects and collaborations

Credits

Art Direction:

Catarina Freitas

Graphic Design:

Catarina Freitas

Photography:

Catarina Freitas

Copy:

Catarina Freitas

Web Developer:

Diana Freitas

Special Thanks:

João Lage

Work with:

Shannon Jagger

Jacob Macdonald

Pedro Galego

Lois Lima

Tânia Franco

José Morais

Fábio Cerqueira

Susana Martins

Susana Carreiras

Inês Nepomuceno

Lourenço Providência

Catarina Cunha

Francisco Sá

Alexandre oliveira

A maior parte de nós transporta uma chama mínima (...). No fundo, os seres humanos permanecem iguais ao que têm sido há milhares de anos. A educação correta é que poderá transformar esta condição de base. Quando se é totalmente honesto, essa mesma honestidade é transmitida aos outros.

J. Krishnamurti, “Cartas às Escolas”

Como indica o excerto inicial deste desabafo, e também na minha opinião, “a maior parte de nós transporta uma chama mínima”.

Há cerca de 5 anos, o meu interesse pela vertente educacional do Design Gráfico começou a crescer. Este ano, terminei o meu projeto de Mestrado, que tem como título “Graphic Design as a Subject, a Method and a Practice”, e possui como objetivo a criação de um conjunto de recursos, pensados para integrar e auxiliar o início do estudo (independente ou formal) do Design Gráfico. Este projeto foi feito através da convicção de que existe uma necessidade crescente por alternativas em como receber e entender o mundo. Com ele, pretendo contribuir para uma sociedade em que os principais valores que determinam como as coisas são feitas ou como as pessoas são tratadas, não são maximização, crescimento em prol do crescimento ou benefício financeiro mas, em vez disso, qualidades mais efêmeras, impossíveis de medir. O trabalho de entender o ensino que tento fazer é, não o de solucionar e definir, uma vez por todas, a maneira como o design deve ser tratado nas escolas (ou fora delas), mas antes problematizar estas conexões e estas dificuldades particularmente sentidas em Portugal, num tempo em que continuamos a lutar por desenvolver novas e mais inovadoras maneiras de compreender o design e a sua disciplina.

At its most sophisticated level, hypertext is a software environment for collaborative work, communication, and knowledge acquisition. It mimics the brain’s ability to store and retrieve information by referential links for quick and intuitive access. Our definition does not limit itself to electronic text; hypertext is not inherently tied to technology, content, or medium.

Janet Fiderio

A escola funciona, para mim, como uma espécie de Hypertext. Albergue de conexões, associações, troca de ideias, livros; opiniões, palestras, exposições ou montagens, dias de limpeza de espaço ou mesmo viagens… todo este ambiente de recursos, oportunidades, ensino e troca de ideias deve motivar ao conhecimento voluntário.

No livro de J. Krishnamurti, “Carta às Escolas”, o autor aborda ainda a questão do cuidado com o corpo, da alimentação, e do exercício físico, segundo ele, aspectos “geradores de sensibilidade profunda”. Preocupado maioritariamente com os valores daqueles que serão, um dia, o nosso futuro, o autor defende que a bondade se manifesta na conduta, na acção e nos relacionamentos; dá importância aos momentos de lazer, sendo “lazer” sinónimo de disponibilidade: “significa uma mente que não está constantemente ocupada com alguma coisa, com um problema, com um entretenimento, com um prazer sensorial.” Acredita que, em tudo na vida, existe o acto de aprender e que tudo é, portanto, aprendizagem: “Não há movimento nenhum em que não haja aprender.”

Muitos de nós limitam a educação a um período muito curto, e no resto das suas vidas prosseguem num estado de permanente confusão, aprendendo apenas algumas poucas coisas que são absolutamente necessárias, caindo numa rotina.

J. Krishnamurti, “Carta às Escolas”.

Termino esta reflexão com um excerto do mesmo autor, partilhando a minha vontade de aprender, trabalhar, deixar-me contaminar pela quantidade de recursos e possibilidades que uma instituição de ensino traz consigo, contaminando outros em troca, com o que me for possível partilhar.

It is unlikely that there is one answer; more a series of attempts - some successful, some complete failures, some more problematic than the current state of things - all driven by an ambition to orient education around people, not the other way around, to keep its humanity. And so there is plenty more that can be done inside.

Do livro “Modes of Criticism 4, on Radical Education”